Finalmente… o Ouro!

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A tão sonhada medalha de ouro no futebol, enfim foi conquistada pela seleção brasileira olímpica, numa final memorável no Maracanã lotado e de uma forma a deixar os roteiristas de filmes de suspense enciumados. O máximo de emoção foi alcançado, ao se ter um empate no tempo normal e na prorrogação, deixando a decisão para a marca do pênalti, na última cobrança. A defesa de Weverton, no quinto pênalti alemão, deu o Brasil a condição de fazer a sua parte, conseguir o aproveitamento total e se apossar da medalha de ouro. E foi o que aconteceu.

Depois de um início com dois empates, que deixaram o torcedor desconfiado, a equipe entrou nos trilhos e mereceu a conquista. A Alemanha teve que se contentar com a medalha de prata, cabendo aos nigerianos a de bronze, após o jogo contra Honduras.

Com o futebol feminino não foi a mesma coisa. O time acabou perdendo a chance de decidir a “dourada” e não teve o controle emocional, caindo também na disputa pelo bronze. Bem que as meninas poderiam ter ido mais à frente. Cairam para a Suécia, numa partida em que foram as melhores. Mas, no futebol, nem sempre vence o melhor. Vence também o time mais preparado psicologicamente e é o que se deu com as suecas, que passaram a maior parte do tempo na defesa e tiveram méritos também. No final, acabou dando Alemanha.

Terminou a Olimpíada Rio 2016, com balanço positivo. Houve alguns probleminhas de organização, mas no final, tudo se encaixou. A 31ª edição dos jogos ficará na história.

O Brasil realizou seu maior investimento esportivo da história. Basta dizer que o governo federação destinou cerca de 4 milhões de reais, sendo 3 bilhões em estrutura e o restante direcionados aos atletas, como o Bolsa Pódio e o Bolsa Atleta, redundando na melhor participação, quantitativa e qualitativamente, porém, abaixo da meta que foi estabelecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

O COB almejava a conquista de 22 medalhas, com a delegação brasileira terminando entre os dez primeiros, não importando a cor da medalha. Ficou perto. Brasil conquistou 19 medalhas e terminou em 13º geral: sete ouros, seis pratas e seis bronzes – a melhor participação dentre todos os jogos. O maior número de pódios era o de Londres, com 17 medalhas.

O mais importante agora é analisar o que foi feito, o que poderia ter sido feito para melhorar o desempenho e projetar o futuro, pensando já na olimpíada 2020, a ser disputada no Japão. E que toda a estrutura montada no Rio de Janeiro, em termos de locais de prática do esporte seja preservada e aproveitada da melhor maneira possível, para que se torne um investimento de peso, propiciando novos tempos para o esporte brasileiro. Só assim terá valido a pena sediar os jogos olímpicos 2016.

(Publicado no www.clubenoticia.com.br)