Volei de ouro… futebol de prata

 

Nos últimos dia, os aficcionados do esporte não têm tirado os olhos da televisão para acompanhar a Olimpíada Londres 2012, plena de esportes populares e de outros pouco conhecidos, alguns de pequena expressão, se comparados ao futsal,por exemplo, que continua relegado a segundo plano. Mas, não é essa a nossa abordagem do momento.

 

É hora de falar dos momentos de extrema vibração e comemoração de torcida brasileira, com a medalha de ouro das meninas do vôlei e da decepção pelos meninos bem pagos do futebol, que mais uma vez têm que se contentar com a medalhinha de Prata.

 

Ainda não foi desta vez que o nosso futebol entrou para a seleta lista dos conquistadores do Ouro. O México venceu por 2×1, fazendo o primeiro gol aos 28 segundos, isso é, com muito tempo para uma reação brasileira, que acabou esbarrando mais uma vez na sua forma errada de jogar.

 

Na realidade, os resultados na primeira fase foram enganadores. Em todos esses jogos, o Brasil marcou três gols. Só para relembrar: 3×2 sobre o Egito, 3×1 na Bielorrússia, 3×0 sobre a Nova Zelândia. Nas quartas, 3×2 diante de Honduras. Contra a Coréia do Sul, na semifinal, 3×0.

 

Mesmo assim, embora muitos cantassem vitória antes da hora contra os mexicanos, estávamos com o pé atrás. Primeiro porque os primeiros adversários  não podem considerados de primeira linha no futebol mundial. E mais, o México mostrava-se como uma equipe aplicada e guerreira e costuma aprontar contra o Brasil.

 

Não deu outra. Mesmo sem contar com sua principal estrela, Geovani dos Santos, México chegou à conquista do Ouro, com justiça. Brasil falhou em todos os aspectos. Uma série de passes errados, não se impôs na partida e, principalmente, não soube marcar. E mais, jogadores que eram apontados como a solução, acabaram decepcionando, como Neymar, que foi uma figura decorativa em campo.

 

Não devemos culpar a arbitragem, que foi ruim mesmo, mas não influenciou no resultado, nem crucificar esse ou aquele, com,o Mano Menezes ou o Neymar. A culpa é de todos e ponto final. O Ouro fica para uma outra oportunidade. Ainda continuamos com o futebol de prata.

 

Ouro

 

Depois da decepção com o futebol, foi a vez da alegria com o Ouro conquistado no Volei Feminino. E não foi fácil não. Os Estados Unidos vieram com tudo no primeiro set e arrasaram com os 25-11, históricos. As meninas não esmoreceram e responderam com 25-17 no segundo set e 25-20 no terceiro. No set seguinte, as norte-americanas fizeram de tudo para provocarem o tie-breack, mas o Brasil veio com um recado bem claro de decisão. Não deu outra: 25-17.

 

A Arena de Londres assistiu a uma partida emocionante e aplaudiu a vitória da superação, em todos os sentidos. Na caminhada da primeira fase, o Brasil encontrou tremendas dificuldades e só se classificou graças a uma combinação de resultados, com a ajuda norte-americana. Esses percalços serviram para acordar o grupo que, a partir daí, deu um recado que queria chegar ao Ouro mais uma vez. A prova disso foi a épica vitória sobre a Rússia nas quartas-de-final, salvando seis match points no tie-break. Aí veio a semifinal diante do Japão: Brasil – 3×0.

 

Méritos de José Roberto Guimarães, técnico com três medalhas olímpicas, um feito inédito para o país.Festa para as bicampeãs Sheila, Fabiana, Fabi, Paula Pequeno, Thaísa e Jaqueline. Festa inédita para Dani Lins, Fernanda Garay, Fernandinha, Natália, Tandara, Adenízia.

 

Por: Adamar Gomes

 

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