A Federação Mineira de Futebol admitiu no último sábado (30), pela primeira vez, desde o início da pandemia do coronavírus, sobre a possibilidade de não se encerrar neste ano o campeonato mineiro e declarar o América, líder da competição, como campeão da temporada. Até então, o presidente Adriano Aro vinha se posicionando em todas as suas declarações, a favor da conclusão do campeonato, com o campeão e os rebaixados sendo conhecidos no campo de jogo.
Porém, algumas ocorrências advindas da pandemia, concorreram para que o dirigente tivesse uma nova postura. Uma delas foi a afirmação das autoridades de saúde do Estado, que o pico da covid-19 ainda está por acontecer, provavelmente na segunda quinzena de julho, justamente no mês em que a Federação pretendia retornar com os Módulos I e II.
Outro fato que pesou na balança foi o primeiro caso do novo coronavírus registrado entre atletas, após o anúncio que o jovem meia do América Matheusinho, entrou para a lista dos infectados. Após o sentimento expressado pelo presidente da FMF no último sábado, outros dois jogadores foram diagnosticados com a doença: o meia Cazares, do Atlético e o atacante de 19 anos, Vinícius Popó, do Cruzeiro.
Um outro fator que a entidade está considerando é o fato de as equipes do interior, na sua maioria, terem dispensado seus jogadores e terão que realizar novas contratações para concluir o campeonato, aumentando ainda mais o passivo financeiro agravado pela pandemia.
A última rodada do campeonato mineiro foi disputada nos dias 14 e 15 de março. E assim, 78 dias depois, não há definição sobre a realização das duas rodadas que restam para o fim da primeira fase e as fases de mata-mata para se conhecer o campeão e os rebaixados para a segundona. A situação no Módulo II não é diferente e se agrava mais ainda, quando se observa que apenas seis rodadas foram disputadas, faltando mais cinco para o término da fase classificatória, sem contar as datas do quadrangular final.
A decisão pode acontecer na reunião agendada para o próximo dia 10, entre a FMF e a Secretaria Estadual de saúde.
Por: Adamar Gomes