Fundada em 1939, a URT chega aos seus 80 anos neste 9 de julho

O dia foi nove de julho de 1939, quando surgia a União Recreativa dos Trabalhadores, fundada por um grupo de idealistas, dando início a uma trajetória rica em conquistas, mas também de decepções, como é natural em qualquer equipe de futebol. Do primeiro presidente, Sr. Júlio Fernandes até o atual, Dr. Domingos Sávio, foram muitos os dirigentes que comandaram a famosa equipe celeste de Patos de Minas, com seus colaboradores, parceiros, patrocinadores, tendo como propósito, fazer o máximo possível para a manutenção do clube.

Nesta terça, no Bola na Rede, da Rádio Clube 98, o diretor Baltazar Izete da Silva (Zete) representou diretoria e conselheiros para saldar principalmente aos torcedores apaixonados do “Trovão Azul”. Justificou o adiamento da comemoração, em virtude dos acertos que ainda estão sendo feitos pela diretoria, após a participação nas competições da atual temporada, no Campeonato Mineiro e na Série D do Campeonato Brasileiro. Segundo Zete, ainda neste mês deve acontecer um torneio de futebol no Estádio “Zama Maciel”, prá fazer parte das comemorações. Logo mais será celebrada uma missa de ação de graças, na Igreja Santa Terezinha, dos Frades Capuchinhos. 

Há muitas histórias nestes 80 anos da URT. Um time respeitado em toda a região na época do amadorismo, sendo uma das suas principais conquistas, o bicampeonato do Alto-Paranaíba, em 1955/1956. 

Com a implantação de um departamento de futebol profissional em 1976, surgiu a conquista dentro do Torneio Incentivo, de vaga para disputar pela primeira vez, em 1977, de um Campeonato Mineiro da Divisão Extra, correspondente hoje ao Módulo I. No ano seguinte, 1978, a equipe disputou novamente o Torneio Incentivo e, por dificuldades financeiras, paralisou suas atividades no profissional, por cinco anos. Nesse período, a Celeste não parou e contou com a movimentação da sua equipe amadora, conquistando título no Campeonato da Liga Patense de Desportos.

A partir de 1984, o clube voltou ao profissionalismo e não parou mais, disputando a Primeira Divisão, correspondendo ao Módulo I e também o Módulo II. 

Atualmente, o Trovão Azul tem uma sequência de sete anos no Módulo I, depois da vaga conquistada no Módulo II em  2013. Desta forma, em 2020, a URT completará o seu sétimo campeonato seguido na divisão principal do futebol de Minas Gerais. No histórico o bicampeonato da Taça Minas Gerais (1999-2000), o Módulo II de 2013, o 3º lugar no Mineiro de 2005 e os títulos do interior de 2016 e 2017, ano em que Rodrigo Santana foi escolhido como o melhor treinador da competição.

Em 1995, a URT participou do Campeonato Brasileiro da Série C, que era, na época, a divisão básica da CBF. Com dois empates diante do Botafogo de Ribeirão Preto, duas vitórias sobre o Mirassol e duas derrotas para o Uberlândia, a equipe teve uma campanha bastante regular, mas não conseguiu chegar à segunda fase.

Na Série D, a URT tem quatro participações seguidas, em 2016, 2017, 2018 e 2019. Em 2016 e 2018, a equipe conseguiu chegar à segunda fase. Agora em 2019, o Trovão não passou da fase de grupos. A melhor campanha foi em 2017, quando na disputa da marca do pênalti, contra o Globo, em Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, perdeu uma das vagas para a disputa da Série C.

URT tem seis participações na Copa do Brasil, a primeira delas em 2000, quando foi eliminado pelo Fluminense após jogos no “Mangueirão” e no “Maracanã”. Em 2001 foi contra o Mixto de Cuiabá. Em 2006, a URT eliminou o Londrina na primeira fase e foi eliminada pelo Santos, de Vanderlei Luxemburgo, em Patos de Minas. O Trovão foi eliminado pelo Luverdense em 2017 e Paraná em 2018. Agora em 2019, a Celeste passou pelo Coritiba na primeira fase no “Zama Maciel”, mas foi caiu diante do Vila Nova de Goiânia, na marca do pênalti, também no “Mangueirão”. Aí estão alguns capítulos de uma longa trajetória da União Recreativa dos Trabalhadores, URT. Parabéns à sua diretoria, aos conselheiros, aos atletas e principalmente esse grande patrimônio do clube celeste, que é sua torcida apaixonada, uma das marcas do Trovão Azul. 

Por: Adamar Gomes